“Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia.”
Carl Sagan


sexta-feira, 30 de abril de 2010

«A FEITICEIRA da LUZ», de ANDREW MATTHEWS

Dido Nesbit é uma rapariga normal de onze anos e apenas uma coisa a diferencia das outras raparigas:  é feiticeira!
A dada altura, ela é obrigada a mudar de casa e vai viver para Stanstowe, com os pais e a sua gato Cosmo. Mas, quando lá chega, acha tudo muito diferente e estranho. Apesar disso, no primeiro dia de aulas faz logo um amigo, Scott.
Com o passar do tempo, vem a perceber que naquela cidade existe um Círculo de Pedra que lhe causa um certo mal-estar e começa a sentir energias malignas emanadas pelo Mestre das Sombras. A única solução é tentar acabar com ele...

Gostei muito deste livro porque porque deixa uma pessoa cheia de entusiasmo a ler e é engraçado porque nnguém imagina que uma rapariga de onze anos consegue fazer tudo o que ela faz.

Inês, 8.ºE

«HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR»

Esta foi mais uma vitória na batalha de incentivar para a leiturano 8.ºE: o André Rufino  leu este livro e gostou!!! Parabéns pela persistência!
Aqui fica o resumo para ver se mais alguém se deixa tentar...

Nesta história, uma gaivota morre aos pés de um gato e deixa a seu cargo um ovo do qual, passado algum tempo, nasce uma gaivotinha a quem é dado o nome de Ditosa. Zorbas e os seus companheiros cuidam dela e tentam ensiná-la a voar, para que seja cumprida a promessa feita à mãe gaivota.  Depois de muitas falhas, decidem pedir a ajuda de um humano e o escolhido é o Poeta, dono da gata Bubulina. Será que ele vai conseguir ajudar os animais?

Este livro também já foi lido pela Catarina Maria, a Diana, a Giullia e a Heloísa, do 8.ºC, e pelo André Coelho, do 8.ºE.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

FINALMENTE O BOM TEMPO!!

Pintura de Seurat
Espreita aqui para perceberes a técnica deste pintor http://www.historiadaarte.com.br/artecriancas.html

MENSAGEM DO DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL


No dia 2 de Abril, comemorou-se o Dia Internacional do Livro Infantil e a mensagem deste ano foi-nos deixada por Eliacer Cansino, um escritor espanhol. Aqui fica ela para que possamos todos reflectir sobre a importância da leitura.





UM LIVRO ESPERA-TE. PROCURA-O.


Era uma vez

um barquinho pequenino,

que não sabia,

não podia

navegar.

Passaram uma, duas, três,

quatro, cinco, seis semanas,

e aquele barquinho,

aquele barquinho

navegou.



Antes de se aprender a ler aprende-se a brincar. E a cantar. Eu e os meninos da minha terra entoávamos esta cantiga quando ainda não sabíamos ler. Juntávamo-nos na rua, fazendo uma roda e, ao despique com as vozes dos grilos no Verão, cantávamos uma e outra vez a impotência do barquinho que não sabia navegar.
Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.
Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.
Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.
Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».
Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.
Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, a embarcação de Sindbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.
É por isso que… não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.



ELIACER CANSINO


Tradução: José António Gomes

OS ÚLTIMOS LIVROS QUE COMPREI PARA A MATILDE


Na Feira do Livro da nossa escola havia livros fantásticos para os mais pequeninos. E, apesar da Matilde só  ter onze meses, não resisti e comprei algumas coisas que ela já gosta de folhear (às vezes, desfolhar...!!!).
 
Com a primeira frase  de «Quando a Mãe Grita», pedi aos alunos que escrevessem um texto. E que trabalhos fantásticos recebi!!! Começava assim «Hoje de mahã a minha mãe gritou comigo...». Revi a minha adolescência naqueles textos, ri com alguns, sorri com outros e maravilhei-me com um em particular, o da Heloísa, do 8.ºC. Parabéns, Heloísa! E obrigada a todos pelos momentos de prazer que me proporcionaram com os vossos trabalhos e o vosso sentido de humor!
E se, de repente, assim, do nada, caísse uma chuva de...princesas?? A Matilde adora o colorido deste livro. Entusiasma-se tanto que está proibida de lhe tocar sem a presença de um adulto. É um dos que ela adoraria desfolhar!!


«Pê de Pai» foi a primeira prenda que o pai da Matilde recebeu no seu papel efectivo de pai!!



Comprei ainda uns quantos dicionários de imagens suficientemente resistentes à fúria destruidora que, de vez em quando, atinge a Matilde. Tem aprendido muito com eles e julgo que, um dia, não terá dificuldade em consultar dicionários a sério...eheh!!

O QUE NOS FAZ UMA BIBLIOTECA...

«A CHAVE SECRETA PARA O UNIVERSO», de LUCY e STEPHEN HAWKING

George é um rapaz muito divertido e inteligente que adora o espaço e os planetas. Os seus pais são activistas ambientais e, em sua casa, não há electricidade.
Um dia, ele trava conhecimento com a vizinha Annie e o seu pai, Eric, um grande cientista que também adora o espaço e com quem George vai aprendendo imensa coisa.  Quando já há confiança suficiente, Eric dá-lhe a conhecer o Cosmos, um computador especial que fala e pode teletransportar pessoas para o espaço. Desde aí, George e os amigos deslocam-se constantemente a outros planetas:pisam a Lua, tocam na superfície de Marta, vêem a Terra por outra perspectiva... Até que, numa das viagens que faz sozinho, Eric é sugado por um buraco negro e Cosmos nada pode fazer ara o ajudar. Será necessária a intervenção de George e Annie...

Ana Drago, 8.ºC

«UM LUGAR MÁGICO», de SUSANA TAMARO

A Raquel,do 8.º E, continua a dar cartas na leitura. Cá fica mais uma opção dela!

Numa floresta chamada Círculo Mágico vivem em harmonia animais, plantas e outros elementos da natureza personificados, destacando-se Rick e Gwendy, um cachorro e uma loba, sua mãe adoptiva.  Mas, paralelamente a este mundo, existe o dos humanos, comandado e submetido às ordens de duas terríveis personagens: Sua Moleza Imunda Almôndega I e Ulderico Pançudo, que pretendem transformar o planeta num monte de cimento e, para isso, um dia, invadem a floresta com a intenção de matar todos os animais. Rick vai lutar corajosamente conta eles...

Aconselharia esta leitura a um amigo porque é uma história bonita que nos mostra que a natureza é imprescindível à nossa existência e que o ser humano, cada vez mais materialista, não deve nunca dominar e destruir o que nos dá vida.

MAIS TINTIM....

O Ricardo do 8.ºE (sim, aquele que nunca tinha lido um livro!!) ficou fã do Tintim! Já leu mais dois volumes. Parabéns pela persistência, Ricardo!
A propósito, sabes que este herói da B.D. nasceu em 1929? Já é velhinho!! Mas continua com o mesmo sucesso de sempre! Já se publicaram mais de 200 milhões de exemplares dos seus livros!!

«TINTIM NO CONGO»
Tintim vai fazer uma reportagem sobre um safari em África, onde um homem foi contratado por um traficante para o matar. Depois de ter escapado a muitas tentativas de asssassinato, Tintim consegue capturá-lo e prendê-lo.


«O VOO 714 PARA SYDNEY»
Tintim vai a uma exposição com o Capitão Haddock e encontram um amigo piloto que trabalha para um milionário a quem eles são apresentados. Esse senhor decide levá-los no seu avião privado, mas, durante a viagem, o avião é desviado e levado para uma ilha deserta de onde Tintim, o Capitão e o professor Girassol conseguem escapar, depois de terem sido sequestrados  num velho templo e salvos por uma equipa de salvamento.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PRIMEIRA INCURSÃO NA POESIA


Para celebrar o Dia Mundial da Poesia li o poema «Possibilidades», de Wislawa Szymborska, e pedi a cada aluno que criasse as suas próprias «Possibilidades». O resultado foi muito positivo. Alguns ainda não acabaram , mas ficam já aqui alguns exemplos.

POSSIBILIDADES
Prefiro a Primavera
Prefiro o sol de Verão à chuva de Inverno
Prefiro o perfume das rosas, de manhã, acabadas de desabrochar
Prefiro a complexidade das coisas simples
Prefiro a noite
Prefiro um sorriso sincero a uma gargalhada sem graça
Prefiro a música
Prefiro o pensamento que navega nos rios
Prefiro uma biblioteca cheia de livros inutilizados a uma biblioteca vazia
Prefiro as preferências dos outros para que as minhas possam ser únicas.

Inês, 8.ºG

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POSSIBILIDADES


Prefiro cães.

Prefiro sair das rotinas.

Prefiro o futebol ao basquete.

Prefiro tarte de natas.

Prefiro a claridade do dia à escuridão da noite.

Prefiro a bateria à pandeireta.

Prefiro os amigos verdadeiros aos falsos.

Prefiro os desenhos animados às notícias.

Prefiro o chão liso.

Prefiro as canetas com tampa.

Prefiro ouvir o toque de saída ao de entrada.

Prefiro carne.

Prefiro o começo ao fim.

Prefiro o meu estilo ao estilo dos outros.

Prefiro o Verão.

Prefiro dizer «Olá» a dizer «Adeus».

Prefiro a areia à terra.

Prefiro a praia à piscina.

Prefiro a música ao silêncio.

Prefiro que se riam para mim e não de mim.

Prefiro preferir a não preferir.


Diogo Silva, 8.ºE

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POSSIBILIDADES


Prefiro as bananas aos macacos.

Prefiro a cor preta.

Prefiro um desenho colorido às canetas misturadas.

Prefiro o ar livre a um vulcão em erupção.

Prefiro uma bola de basquete.

Prefiro um casaco vestido a um casaco molhado.

Prefiro um triciclo a um avião.

Prefiro um coelho a uma cenoura.

Prefiro uma pulseira de lata a uma de prata.

Prefiro o maravilhoso céu azul.

Prefiro a praia à escola.

Prefiro o Verão ao Inverno.

Prefiro o sol à chuva.

Prefiro um fim sem ponto final


João Pacheco, 8.ºE